segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ela já não sabia mais o que esperar da vida. Tinha o que esperar de algo ou alguém? Ela sempre fora sozinha e perdida. Perdida dentro e dora de si. Não se cansava de perguntar. Não se cansava de achar respostas. Não se cansava de não encontrar algumas respostas. Era incansável na sua triste alegria de viver. Tudo girava em torno de uma busca de sentido. Um sentido de quê? Pra quê? Pra onde? Haveria um sentido ou era simplesmente deixar a respiração acontecer?  Viver, apenas.  Ainda não conseguia. Era preciso seguir adiante até a calmaria chegar. Se é que chegaria um dia. Tudo era turbulência dentro de si e ansiava pela tranquilidade dos normais por alguns instantes. Só por instantes. A normalidade a enojava. Era preciso deixar o caos dominar o corpo e a mente para então conhecer-se. Era preciso perder-se para encontrar-se. Era preciso deixar-se ser.

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